O que é a reposição hormonal?

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A Medicina Anti-Aging apresenta soluções para reequilibrar o organismo, procurando sempre uma passagem do tempo saudável e com qualidade. Uma delas é a reposição hormonal.

As hormonas comandam todo o nosso organismo. À medida que vão diminuindo, o nosso corpo vai envelhecendo e surgem alterações na nossa qualidade de vida.

Felizmente, a Medicina Anti-Aging apresenta soluções para reequilibrar o organismo e devolver o bem-estar, procurando sempre uma passagem do tempo saudável e com qualidade. Uma delas é a reposição hormonal.

Neste artigo, vou explicar de que forma esta terapia é tão benéfica para impedir e inverter os efeitos negativos provocados pela diminuição hormonal.

O que são hormonas?

As hormonas são substâncias produzidas pelas glândulas endócrinas, essenciais para o funcionamento do corpo humano, pois atuam na regulação de funções, células e tecidos. 

Entre os 30 e os 35 anos começamos a perder, por ano, cerca de 1% a 3% das nossas hormonas e a partir dos 40 anos assistimos aos primeiros sinais de défice hormonal que são agravados com a chegada da menopausa.

Algumas das alterações resultantes da redução das hormonas são: alteração de humor, alteração da qualidade do sono, maior dificuldade em perder peso, alteração da memória, diminuição do desejo sexual e cabelo e unhas mais frágeis.

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A menopausa e a terapia da reposição hormonal

Em média, as mulheres entram na menopausa aos 50,4 anos. Esta fase, que assinala o fim da fertilidade, é confirmada após 12 meses sem menstruação, sem que haja outras causas óbvias para isso.

Durante este período, as glândulas produtoras de hormonas começam a diminuir a sua atividade, conduzindo a uma queda nos níveis de estrogénio e progesterona. 

Mas como é que a terapia de reposição hormonal pode ajudar?

A terapia de reposição hormonal é um tratamento que, através de hormonas bioidênticas — estruturalmente idênticas às nossas hormonas biológicas e, portanto, aceites pelo organismo como suas —, vai equilibrar esses níveis hormonais por forma a aliviar os sintomas, a melhorar o bem-estar e a prevenir possíveis complicações de saúde.

A terapia de reposição hormonal é indicada para todas as mulheres, tenham ou não sintomas, bem como para aquelas que apresentam um maior risco de complicações decorrentes da deficiência hormonal — como a osteoporose, por exemplo. 

Como é feita a reposição hormonal?

A reposição hormonal pode ser realizada através de diferentes métodos e formas de administração, conforme a necessidade de cada paciente. Alguns exemplos são a medicação oral, os adesivos, os cremes ou os implantes hormonais.

Implantes Hormonais

Os implantes hormonais, também conhecidos como chips hormonais, são implantes absorvíveis que são colocados debaixo da pele e podem durar cerca de 5 a 6 meses nas mulheres e cerca de 4 a 5 meses nos homens.

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Testosterona ou estrogénio são alguns dos exemplos de hormonas que estes implantes podem libertar de forma constante, calculada e adaptada ao organismo do paciente.

Ao contrário de outros métodos de reposição hormonal, os implantes hormonais evitam as flutuações (o efeito montanha russa). Ou seja, evitam uma transição entre níveis altos e baixos de hormonas, estabelecendo padrões de maior estabilidade nos níveis hormonais.

Os implantes hormonais também surgem como uma resposta mais eficaz e confortável para a reposição hormonal, já que não implicam que os pacientes se preocupem diariamente com a toma da medicação.

Assim, e quando utilizados sob indicação médica, os implantes hormonais apresentam diversos benefícios:

  • regulação dos níveis hormonais e alívio dos sintomas da menopausa;
  • melhoria do desejo sexual;
  • alívio dos sintomas da tensão pré-menstrual;
  • redução da ovulação;
  • aumento da líbido;
  • tratamento da endometriose.

E existem riscos?

Os implantes hormonais, ou chips hormonais, apresentam efeitos mínimos adversos, nomeadamente: pequeno sangramento, hematomas, inflamação, descoloração da pele, queda de cabelo, alterações de humor e acne são alguns dos possíveis exemplos.

Além disso, após colocar o implante hormonal, é necessário evitar a atividade física nos primeiros 5 a 7 dias, de forma a prevenir o risco de expulsão do mesmo. 

Contudo, desde que a escolha das hormonas, a forma de administração e o tempo de tratamento seja sempre determinado por um médico especialista, é possível garantir a segurança do paciente e a eficácia do tratamento.

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Se já ultrapassou a barreira dos 30 anos ou está a passar pela perimenopausa ou menopausa, sentindo alterações no seu bem-estar e organismo, a medicina Anti-Aging poderá ajudar com intervenção nos seus 5 pilares: alimentação, exercício físico, suplementação hormonal e não-hormonal, gestão do stress.

Dr.ª Marta Padilha

Médica de Medicina Geral e Familiar com Master em Medicina Anti-envelhecimento e Longevidade | Cédula Ordem dos Médicos nº44139

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