Ombro congelado e síndrome musculoesquelética na menopausa

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Chegar à menopausa é uma montanha-russa. É uma comparação muito curiosa porque é mesmo verdade: os níveis hormonais andam num turbilhão e, consequentemente, também o nosso organismo e corpo se ressente. A partir dos 40 anos ganhamos dores, desconfortos e impressões para os quais não temos explicação.

Chegar à menopausa é uma montanha-russa. É uma comparação muito curiosa porque é mesmo verdade: os níveis hormonais andam num turbilhão e, consequentemente, também o nosso organismo e corpo se ressente. A partir dos 40 anos ganhamos dores, desconfortos e impressões para os quais não temos explicação. Uma delas é o ombro congelado.

E a resposta pode estar nas hormonas. Neste artigo explicamos o que é o ombro congelado, por que razão podem estar as hormonas envolvidas e como aliviar este sintoma.

O que é o ombro congelado?

A capsulite adesiva, mais conhecida por ombro congelado, é uma condição que provoca dor intensa e rigidez na articulação do ombro. Esta alteração limita os movimentos do braço: há pessoas que não conseguem mexer o braço, outras não o conseguem levantar ou chegar a prateleiras mais elevadas.

Quais são os sintomas do ombro congelado?

O ombro congelado provoca uma dor constante e permanente no ombro, que tem tendência a piorar à noite, limita de forma progressiva os movimentos do braço, transmite uma sensação de rigidez ou de “congelamento”, como se o braço travasse. 

Com isto, surgem dificuldades em realizar tarefas muito simples como tomar banho, lavar o cabelo, pentear o cabelo, ir buscar objetos em prateleiras. 

Como acontece a capsulite adesiva?

A capsulite adesiva surge com a inflamação da articulação do ombro, mais concretamente da cápsula articular, que é um tecido conjuntivo que envolve toda a articulação. De forma progressiva, esta inflamação evolui e a cápsula começa a enrijecer e a tornar-se mais espessa, dificultando o espaço da articulação para se movimentar, provocando dor intensa e sensação de “ombro preso”. 

Esta alteração pode ser causada por alterações hormonais, diabetes, doenças autoimunes ou inflamatórias, hipotiroidismo e muito mais.

Com isto, surgem dificuldades em realizar tarefas muito simples como tomar banho, lavar o cabelo, pentear o cabelo, ir buscar objetos em prateleiras. 

O ombro congelado na menopausa

Durante a perimenopausa e a menopausa, este sintoma é muito habitual devido à diminuição dos níveis hormonais, especificamente de estrogénio. 

O estrogénio tem um papel muito importante na saúde das articulações, dos músculos e dos tendões. É responsável pela síntese e manutenção do colagénio e pela proteção dos tecidos conjuntivos e cartilagens. 

Desta forma, com o estrogénio em níveis reduzidos e o colagénio também em baixo, existe uma maior propensão para capsulite adesiva. 

O ombro congelado é um dos sintomas da síndrome musculoesquelética que ocorre na menopausa e que se manifesta também de outras formas, tais como: 

  • Perda de massa muscular e sarcopenia 
  • Articulações enrijecidas 
  • Tendões inflamados 
  • Dores articulares 

O tratamento

Verificando que os níveis hormonais precisam de ser reequilibrados e que não existem outras causas para este sintoma, a terapia de reposição hormonal e a suplementação de colagénio e outras vitaminas ou minerais, permitirão recuperar a mobilidade e o fortalecimento do ombro. 

Também a prática de exercício físico, nomeadamente treino de força e musculação, é fundamental para combater a perda de massa muscular e a síndrome musculoesquelética. 

Muitas pessoas se têm identificado com este sintoma e têm agora percebido que a dor que tinham é ou era, afinal, a menopausa a dar sinal. Se procura um acompanhamento médico dedicado e especializado em menopausa, agende a sua consulta de Anti-Aging e Modulação Hormonal. 

Dr.ª Marta Padilha

Médica de Medicina Geral e Familiar com Master em Medicina Anti-envelhecimento e Longevidade | Cédula Ordem dos Médicos nº44139

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